Mr. Domingues

Sempre ouvi que escrevo demais, e-mails longos, cartas intermináveis para namoradas, nunca consegui usar Post-it, enfim, bem ou mal eu gosto de escrever. A intenção é que isso aqui sirva como uma "descarga mental" onde comento fatos, acontecimentos e pensamentos, na verdade, tudo que me der vontade. Sabe quando se vê um filme, lê um livro ou algo no jornal e ficamos com vontade de discutir com alguém sobre o assunto? É pra isso que esse espaço serve, assim eu incomodo menos quem está à minha volta e começo a incomodar anônimos internet afora que queiram ser incomodados. Mas é claro que não vou fugir muito dos meus hobbies, interesses pessoais e profissionais, como saúde, atividade física, esporte, tecnologia e música.

sábado, 28 de agosto de 2010

La Vuelta 2010

Hoje teve início a última grande volta ciclística do ano, a Vuelta a España 2010 - http://www.lavuelta.com

A volta encerra a tríplice coroa do ciclismo de estrada (Giro d'Italia em maio, Tour de France em julho e La Vuelta em Setembro).

As principais equipes estão competindo, como Astana, Caisse D'Epargne, Cervelo Test Team, Euskaltel - Euskadi, Liquigas-Doimo, Rabobank, Htc - Columbia e Saxo Bank. Mas isso não quer dizer que os times estejam com força total e alguns nem levaram os seus “chefes”, como é o caso da Astana que está sem Alberto Contador.

A Vuelta é considerada uma das grandes voltas, mas das 3 grandes é a de menor importância e serve para muitas equipes testarem atletas menos experientes, iniciar um novo período de treino e a prova também é uma porta de entrada para equipes novas ingressantes no Pro Tour a convite da organização, como é o caso da equipe local Andalucia Cajasur.

Esse ano a etapa de abertura foi um prólogo na cidade de Sevilha, mas de maneira bem diferente, uma prova contra-relógio por equipes noturna. A prova recém se encerrou e teve como vencedor o time HTC Columbia liderado por Mark Cavendish, o melhor sprinter da atualidade no ciclismo de estrada. O time vencedor demorou 14’ e 6 segundos para percorrer os 13 km pelas ruas da cidade, numa média de 55,3 km/h. A equipe Saxo Bank, que é uma das favoritas em qualquer etapa, teve uma chegada no mínimo estranha, com o melhor ciclista de contra-relógio do mundo (Fabian Cancellara) demonstrando grande cansaço na linha de chegada e não cruzando-a em primeiro na equipe, como era de se esperar.

Normalmente essa prova era transmitida pelo canal TVE da Net (um canal espanhol), mas este ano a Net passou a transmitir o canal Galicia, que não transmite La Vuelta. A ESPN Brasil e a ESPN internacional transmitirão a prova, quase sempre no final da manhã ou “melhores momentos” em outros horários. Pela internet, a melhor transmissão creio que seja a do canal EuroSport Live - http://streamz.yolasite.com/ch-18.php Existem várias, mas minha preferência por essa foi por ser em inglês, já que o EuroSport tem muitos canais em línguas menos amistosas como o holandês, alemão e russo.

Amanhã de manhã devo participar de um contra-relógio individual, com percurso de 20 km. Enquanto lá na Espanha o pessoal faz médias acima de 50km/h, aqui nós reles mortais de Rio Grande e Pelotas devemos ficar muito contentes com médias perto de 40km/h.

Essa é a “pequena” diferença entre humanos normais e as “máquinas de pedalar” que vemos pela TV.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Bingo!!!

Quando eu comecei a usar a internet (1996) existia uma busca chamada Altavista (na verdade ao digitar esse texto descobri que o site ainda existe). Era comum digitarmos algo e aparecer “zero resultados”, ou 2 páginas. Algo inimaginável para quem começou a usar a internet depois de 2000.

Era uma época em que se não soubéssemos o endereço de um site, não tinha como achar a informação. Era uma época também em que existiam sites agrupados em servidores, como o Geocities, mas que mesmo assim, se errássemos um número ou uma letra no endereço, não íamos a lugar algum. Eu me lembro de ter uma agenda em que anotava os endereços "mais legais" como o site de alguma banda (das raras que tinham) ou de coisas como a Coca-Cola ou a NASA. Pra que serviria exatamente ir ao site da NASA eu até hoje não descobri, mas entendam que era uma época em que se a gente não fosse nesses lugares, não tinha aonde ir. Nem vou falar que todos os sites eram com fundo branco, texto preto e links em azul (e demoravam minutos para carregar com uma conexão discada de 14400 kbps). Quando criei o meu primeiro site (e tinha que saber linguagem HTML) estávamos na época dos fundos coloridos para os sites. Tudo baseado no Netscape Navigator, o único navegador da época.

Aí entre 95 e 99 surgiram no Brasil o Cadê, o Aonde e os mecanismos de buscas mais avançados como o Yahoo. Mas quem realmente mudou a maneira de se usar a internet foi sem dúvida o Google. Eu me lembro de ler no caderno ZH Digital (Zero Hora) lá por 1998 ou 99 que estavam lançando uma nova busca que surgiu como um trabalho de dois universitários e prometia ser inteligente porque levava em conta a relevância do site, bem como a frequência com que ele era acessado. No mesmo dia fui experimentar e logo vi que ele dava resultados bem diferentes das outras buscas mesmo. Em seguida mandei um e-mail para alguns amigos falando sobre essa "minha descoberta".

Hoje o Google dispensa apresentações e virou até verbo em inglês (I googled you = eu botei teu nome no Google pra ver o que aparecia), e quem aqui né amigo, nunca botou seu nome no Google pra ver o que aparece.

A Microsoft que sempre tem que tentar competir em tudo, demorou para entrar na internet. Eles não viam muita utilidade nisso, achavam que ela se concentraria apenas para uso militar e acadêmico e com isso o navegador do Windows (Internet Explorer) passou muito tempo despercebido, até todo aquele escândalo da instalação obrigatória junto do Windows 95.

Mas depois de entrar na internet e assumir o posto de navegador mais usado, a Microsoft ainda tinha (tem) outra liderança a tentar conquistar, a de mecanismos de busca. Para isso lançou o Bing, que tem uma fatia de mercado insignificante comparada ao Google, mas em breve deve ser o segundo mecanismo de busca mais utilizado (atualmente o Yahoo é o segundo).

Pra que toda essa introdução?

Agora lançaram um site que reúne na mesma página a busca do Google e do Bing, e é curioso ver como aparecem coisas distintas, mas às vezes pode ser útil fazer esse tipo de busca, principalmente quando buscamos imagens.

O site em questão é o Bingle (http://www.bingle.nu), que é uma palavrinha inventada misturando Bing + Google, mas não pertence a nenhuma das duas empresas. Ao digitar no campo de busca os termos, ele divide a tela em 2 e mostra do lado esquerdo os resultados do Bing e no lado direito, os do Google. Ainda por cima, a pronúncia é “bingo”, que em várias línguas indica a exclamação para quando achamos ou conseguimos resolver algo.

Essa é somente para os homens.

Experimentem em qualquer um dos sites fazer uma busca por imagens usando bingle como palavra-chave.

domingo, 1 de agosto de 2010

Estudar pra quê?
Pela primeira vez coloco aqui um texto que não é meu, mas ao ler percebi que partilho do mesmo ponto de vista em relação aos alunos que passam pelos bancos das universidades. Minha vida acadêmica de professor iniciou em 2003, mas já foi tempo suficiente para conseguir enxergar essa mesma "classificação" dos alunos que o autor explica abaixo. E possivelmente a dedicação para tudo na vida resulte em finais semelhantes à vida acadêmica, em que podemos ser desde excelentes até medíocres, dependendo principalmente do nosso empenho e força de vontade. Só discordo do autor porque acho que existem exceções para ambos os lados, tanto alguns muito bons que acabam tomando outro rumo na vida (quase sempre por opção), bem como aqueles que se dão bem sem merecer (quase sempre por sorte). Mas vamos ao texto.

Se é importante fazer faculdade, por Eduardo Jablonski
Hoje, pouco antes de começar minha aula, ouvi uma aluna defendendo a seguinte opinião: “Para que fazer faculdade? Depois ficaremos obrigatoriamente desempregados. Todos os meus conhecidos que se formaram não trabalham na área.” Aristóteles que me perdoe, mas ela tem e ao mesmo tempo não tem razão. Pela minha experiência, acompanhando a carreira de centenas e até milhares de pessoas nos últimos 20 anos, concluo que as pessoas graduadas com nível superior se dividem em três grupos.
O primeiro abriga os relapsos, os que não gostam de estudar, os que faltam muitas aulas, os que copiam trabalhos de colegas ou da internet, os que não prestam atenção na fala do professor, os que não leem a bibliografia solicitada, os que não pesquisam, os que não procuram livros sobre a matéria, para tentar se aperfeiçoar, os que faltam às aulas quando há palestras. Esses caras jamais conseguirão trabalhar na área na qual se formaram. Se arranjarem vaga, será com certeza por tempo reduzido. A incompetência os demitirá. Sei de jornalista de meio impresso que acha que repórter não precisa dominar a gramática da Língua Portuguesa. É por pensar assim que ele, em 15 anos de profissão, tendo se formado em uma grande universidade, nunca obteve espaço em grandes jornais.
O segundo grupo engloba pessoas que fazem tudo pela metade. Estudam um pouco, leem alguma coisa, prestam atenção no professor, têm alguma assiduidade. Mas não são dedicados, não se esforçam tanto quanto seria necessário, não suam sangue para obter promoções ou empregos importantes. Esses indivíduos vão trabalhar na área, sim, mas não atingirão os melhores postos, a não ser por milagre ou por amizade.
O terceiro grupo envolve os estudiosos, os que leem a respeito do campo que escolheram o tempo todo, os que passam a madrugada sobre os livros, os que estudam regularmente e, quando necessário, param tudo para estudar ainda mais. Esses homens e mulheres serão os vencedores de amanhã. Talvez nunca fiquem desempregados.
Conheço dezenas e até centenas de casos em cada um desses grupos e nunca vi exceção. Abri essa alternativa, porque não sou o dono da verdade. Posso estar equivocado. Mas, concluindo, não é verdade que não adianta estudar, que é perda de tempo. Quem se dedica se dá bem, e quem não se dedica se dá mal. É simples assim. A verdade em geral é simples.