Quando eu comecei a usar a internet (1996) existia uma busca chamada Altavista (na verdade ao digitar esse texto descobri que o site ainda existe). Era comum digitarmos algo e aparecer “zero resultados”, ou 2 páginas. Algo inimaginável para quem começou a usar a internet depois de 2000.
Era uma época em que se não soubéssemos o endereço de um site, não tinha como achar a informação. Era uma época também em que existiam sites agrupados em servidores, como o Geocities, mas que mesmo assim, se errássemos um número ou uma letra no endereço, não íamos a lugar algum. Eu me lembro de ter uma agenda em que anotava os endereços "mais legais" como o site de alguma banda (das raras que tinham) ou de coisas como a Coca-Cola ou a NASA. Pra que serviria exatamente ir ao site da NASA eu até hoje não descobri, mas entendam que era uma época em que se a gente não fosse nesses lugares, não tinha aonde ir. Nem vou falar que todos os sites eram com fundo branco, texto preto e links em azul (e demoravam minutos para carregar com uma conexão discada de 14400 kbps). Quando criei o meu primeiro site (e tinha que saber linguagem HTML) estávamos na época dos fundos coloridos para os sites. Tudo baseado no Netscape Navigator, o único navegador da época.
Aí entre 95 e 99 surgiram no Brasil o Cadê, o Aonde e os mecanismos de buscas mais avançados como o Yahoo. Mas quem realmente mudou a maneira de se usar a internet foi sem dúvida o Google. Eu me lembro de ler no caderno ZH Digital (Zero Hora) lá por 1998 ou 99 que estavam lançando uma nova busca que surgiu como um trabalho de dois universitários e prometia ser inteligente porque levava em conta a relevância do site, bem como a frequência com que ele era acessado. No mesmo dia fui experimentar e logo vi que ele dava resultados bem diferentes das outras buscas mesmo. Em seguida mandei um e-mail para alguns amigos falando sobre essa "minha descoberta".
Hoje o Google dispensa apresentações e virou até verbo em inglês (I googled you = eu botei teu nome no Google pra ver o que aparecia), e quem aqui né amigo, nunca botou seu nome no Google pra ver o que aparece.
A Microsoft que sempre tem que tentar competir em tudo, demorou para entrar na internet. Eles não viam muita utilidade nisso, achavam que ela se concentraria apenas para uso militar e acadêmico e com isso o navegador do Windows (Internet Explorer) passou muito tempo despercebido, até todo aquele escândalo da instalação obrigatória junto do Windows 95.
Mas depois de entrar na internet e assumir o posto de navegador mais usado, a Microsoft ainda tinha (tem) outra liderança a tentar conquistar, a de mecanismos de busca. Para isso lançou o Bing, que tem uma fatia de mercado insignificante comparada ao Google, mas em breve deve ser o segundo mecanismo de busca mais utilizado (atualmente o Yahoo é o segundo).
Pra que toda essa introdução?
Agora lançaram um site que reúne na mesma página a busca do Google e do Bing, e é curioso ver como aparecem coisas distintas, mas às vezes pode ser útil fazer esse tipo de busca, principalmente quando buscamos imagens.
O site em questão é o Bingle (http://www.bingle.nu), que é uma palavrinha inventada misturando Bing + Google, mas não pertence a nenhuma das duas empresas. Ao digitar no campo de busca os termos, ele divide a tela em 2 e mostra do lado esquerdo os resultados do Bing e no lado direito, os do Google. Ainda por cima, a pronúncia é “bingo”, que em várias línguas indica a exclamação para quando achamos ou conseguimos resolver algo.
Essa é somente para os homens.
Experimentem em qualquer um dos sites fazer uma busca por imagens usando bingle como palavra-chave.
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